domingo, 29 de abril de 2007

Capítulo 4 - depois do 4.5 e antes do 4.7... talvez o 4.6, mas ninguém sabe ao certo

Voltando a casa de Madalena, esta ainda está na mesma posição (de quatro, em cima da sua cama) à espera de algo. Na verdade, ela está à espera que o tempo aqueça, porque (e agora vem a parte mesmo muito estranha) ela está congelada! Sim, o quarto de Madalena está congelado. Ora, vamos lá explicar a situação. Voltemos à cena em que a mãe da Madalena apanha a sua querida filhinha numa situação ligeiramente anormal e muito, muito estranha: filha, posição de quatro, telemóvel e morcego. A mãe correu para a casa de banho, o pai correu para o quarto e o morcego mandou um guincho. No momento seguinte, Matthieu voltava à carga, ou melhor, a montar a carga. O telemóvel não parou de vibrar e revibrar, apesar de estar desligado (foi-se a bateria!). A mãe, que julgara a filha já vestida, abriu a porta de rompante e quedou-se. Desta vez não havia morcego, mas um homem nu e ainda lá estava a filha, ainda nua e o telemóvel. Só que o que estavam a fazer era tão, mas tão, tão… (não há palavras), que a pobre senhora arregalou os olhos (quase saltaram das órbitas), esticou os braços e, no momento seguinte, estava estatelada no chão, tipo desenho animado. Os dois amantes viraram-se para a mãe de Madalena. Esta pegou no telemóvel, viu que estava sem bateria e atirou-o contra a parede (um telemóvel a menos neste mundo, pelo menos funcional). Os dois acabaram de fazer o que estavam a fazer e lá voltou a rapariga à posição original, para recomeçarem. Apareceu o pai dela. Novamente a mesma cena: ah e tal morcego, mas nada de telemóvel. O pai arrastou a mulher para o corredor e fechou a porta do quarto. Mas, antes de o morcego virar homem outra vez, tudo ficou subitamente congelado, incluindo uma bolota saltitona que entrou pela janela aberta. Um esquilinho de dentes aguçados espreitou pela janela e teve a mesma reacção que a mãe de Madalena.
Zaen dormia na sua cama de hospital. Anfira abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi um esquilo de olhos arregalados, braços e pernas esticadas, deitado numa maca, a passar no corredor. Anfira piscou os olhos e carregou no interruptor ao lado da cama. O Dr. Orchouse apareceu e ela virou-se para ele e perguntou-lhe:- Posso saber porque me curaram a cegueira se agora fiquei maluquinha? Oh meu Deus
!

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