quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Capítulo 11 (VII)

Em menos de um segundo, Filia Santíssima irrompia pelo quarto para salvar a sua recém-descoberta irmã.
- Pelo ar evil, deves ser a Mialin – observou Filia.
- Ena, para loira, nem és muito burra – comentou Mialin, passando de seguida a ignorar Filia.
- Sim, é a nossa irmã, aparentemente ainda enlouquecida, Mialin – confirmou Ceridwen. – Só não sei como veio aqui parar. Eu não te tinha destruído ou coisa assim? Quando andaste a meter-te com o Vyrmack…
- “Nossa irmã”? O que é que eu tenho a ver com a medievalzeca? Pensava que a sentimental do grupo era a Niam, mas afinal tu é que pegas em qualquer terrestre que te aparece à frente e trazes para casa como se fosse da família…
Neste momento, Filia começou a berrar “Agarrem-me que eu vou-me a ela”, mas graças aos seus super-poderes, conseguiu segurar-se a si mesma.
- E, para responder à tua questão – continuou Mialin –, é óbvio que não me destruíste, dado que estou aqui para te impedir de me voltares a roubar o Vyrmack.
- Tu é que mo roubaste! OK, eu sei que, tecnicamente, não foi bem isso, mas, para efeitos de simplificação desta história tão complicada que não acredito que ainda haja alguém a entendê-la, vamos considerar que mo roubaste.
- Não, foste tu! – ripostou Mialin.
- Tu!
- Tu!
- Tu!
- Tu!
Com a barulheira, Matthieu e Madalena interromperam as suas “actividades” e foram ver o que se passava.
- Madalena, não achas que este emo faz mal à Ceridwen? Está pior que a Anfira…
- Sem dúvida… Quem é a outra gótica?
- Deve ser a irmã que ela supostamente destruiu porque tinha enlouquecido e queria dominar o mundo. Tens contigo a máquina fotográfica?
- Hum?
- Olha para a cara do Vyrmack: acabou de sair do coma e tem duas loucas a disputá-lo. Aquela expressão vai ficar bem num episódio dos Emo Rangers.
- Hahaha! Bela ideia! Adoro o teu humor distorcido, Matthieu.
- Eu também me adoro… Agora por isso, voltamos ao quarto?
- Errr… hum… pois… Como estará o Zaen?

Capitulo 11.5 - de regresso à casa de Vyrmac (a da musiquinha irritante de Green Day)

Ceridwen foi ao quarto do emo para ver se aquilo que tinha suspeitado era verdade ou não. Tinham-se passado alguns anos (e alguns aqui é eufemismo) desde que ela tinha visto o seu amado ser trespassado por uma espada e mal podia acreditar em quem estava ali deitado em coma com uma enorme franja na cara.
Sentou-se ao lado da cama e pegou na mão de Vyrmack. Era ela, ela reconhecia o seu cheiro (e que bem que ela se lembrava do cheiro dele debaixo daquele salgueiro ao pé do lago, do armário das vassouras, do carro do pai e da mãe e da irmã, da cozinha dos aposentos dele, do sótão, da biblioteca…). Ao pegar-lhe na mão, Vyrmack começou a mexer-se e a acordar do coma (o destino tem destas coisas… a tecnologia também…).
- Ceridwen! Minha amada!
- Oh, Vyrmack, meu amor.
E quando se estavam quase a beijar, abre-se um wormhole aos pés da cama e uma Mialin irritada sai de espada em punho.
- Seus pulhas! Eu já estava mesmo à espera disto!...
- Filia, socorro!!! – gritou Ceridwen.

Capítulo 11 (V)

- Eh lá, ó miúda, não és tão incompetente como pareces!
- Hum? O que é que eu fiz? – Anfira parecia confusa.
- Deste cabo dos Morcegos do Apocalipse! Estiveste muito bem!
- Eu? Não, não! Foi o poder de Deus! Eu estava a rezar e o Senhor ouviu-me! ALELUIA!
- Errr… Ai… Au! – Håvard batera com a pata na testa, o que dói um bocado quando se é um dragão… - É melhor deixar isto andar naturalmente. Parece que funciona melhor quando ela não pensa.

Capitulo 11. 4(?) - na continuação da demanda pela Primavera

No entanto, devido à escassez de petróleo, os Motosserristas do Apocalipse estavam em guerra aberta declarada pelo sindicato, logo não defendiam porra nenhuma nos próximos tempos. Assim, restavam os Morcegos do Apocalipse e os Forcados do Apocalipse para defender o castelo…
Håvard passou pelos morcegos e Anfira, vendo-os ali a começar a guinchar, começou a rezar uma panóplia de terços em diferença de fase, o que alterou os ultra-sons dos Morcegos e impediu a comunicação destes com os Forcados. Håvard ficou impressionado. Iam apanhar os Forcados de surpresa!

domingo, 16 de novembro de 2008

Capítulo 11...er....(sobre os Forcados do Apocalipse)

O que Håvard não sabia era que, para além das histórias terem fundamento, ou seja, de facto o castelo era guardado pelos Forcados do Apocalipse, como estes eram a elite do grupo de guardiões do castelo. A abrir as hostilidades estava a vigia dos Morcegos do Apocalipse, que enviavam o sinal aos Moto-serristas do Apocalipse para o início do combate contra o invasor. A seguir a estes sanguinários vinham então os Forcados do Apocalipse, para acabar com os que tivessem a audácia de tentar penetrar na inexpugnável defesa. Para limpar toda a porcaria restante das batalhas e para o serviços de catering havia a suíça do Pessoal do Apocalipse: Senhoras da Limpeza do Apocalipse (empresa Apocalimpa) e os Empregados de Mesa do Apocalipse (empresa Comalipse).

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Capítulo 11 (II)

Num outro tempo e num outro espaço, apesar de isto ser aproximadamente em tempo real, Anfira AINDA está a fazer perguntas a Håvard, cuja paciência se esgota rapidamente.
- Então a tia-avó do primo do Inverno era cunhada da bisneta da Primavera? Isso explica muita coisa… - “raciocinava” Anfira.
- CHEGA! CALA-TE! Não aguento mais, vou mandar-te de volta para a tua época. Se não fizermos nada, vocês no futuro é que são os prejudicados! Eu tentei. Deuses, juro que tentei, mas esta cristã – seja isso o que for – é mais a Super Chata! Prefiro morrer congelado que ouvir a voz dela durante mais 2 minutos!
- Calma, dragãozinho – Anfira tentou acalmá-lo. – Estava só a tentar entender a situação para poder resolvê-la…
- …
- Pronto, pronto, vamos lá a isso. Quantos são?
Anfira assumiu a sua pose de combate, ainda que não houvesse qualquer perigo por perto. Antes de entrar em desespero, Håvard pegou nela e levantou voo em direcção a uma fortaleza distante, que era apenas um ponto no horizonte. Enquanto voava, o dragão perguntava-se porque é que não tinha agarrado na miúda mais cedo, pensando que já podiam estar a meio caminho de libertar a Primavera. Por outro lado, no entanto, pedia aos deuses que os rumores de serem os Forcados do Apocalipse a guardar o castelo do Inverno não passassem de histórias disparatadas…

Capítulo 11 - Caos no blog - tudo ao molho e fé na Super Cristã....e na Filia Santíssima

- Oh! Sim… sim… SIM!

Madalena estava felicíssima. Desde que Anfira e Zaen tinham saído da dimensão deles, tudo estava mais calmo, tirando talvez o facto de Niel andar cabisbaixa e Vyrmack estar em coma.
Niel tinha tido uma looooooga conversa com Ceridwen, onde esta lhe explicou (sem entrar em detalhes) porque é que ela e o Zaen não podiam casar e, basicamente, era porque Zaen gostava mesmo era da Anfira.
- Mas nós íamos casar! Nós amamo-nos!
- Sure… E então porque é que foste ao laboratório da Rani gamar cenas – Ceridwen falava assim para que a tadinha da Niel entendesse – para fazer uma poção de amor? Não sabes mexer em mapas, mas feitiços já é contigo? Pooor favor…
Niel lá tinha concordado e resolveu ir para o seu planeta na sua dimensão tentar desvendar o mistério do nascimento dela.

Voltando à Madalena…
A razão da felicidade desta criatura devia-se ao facto de que, devido à calmaria e à ausência de Anfira, Matthieu dedicava-lhe todo o tempo livre, o que era óptimo por um lado, pois significava que Madalena andava muito mais satisfeita (em todos os sentidos), mas era péssimo por outro, porque o facto de Matthieu ser um vampiro significava que ele andava com uma energia quase inesgotável, logo – e pasmem-se – quem andava cansada e a fugir era Madalena e não ele. Desde desculpas clássicas como “Agora não, ‘mor, dói-me a cabeça” à não tão clássica “As minhas reservas de sangue estão em baixo”, qualquer desculpa servia para um bocado de sossego.
Matthieu sorria para si, pois finalmente acalmara a ninfomaniaquice de Madalena, coisa que ele não pensava ser possível neste universo.