domingo, 29 de abril de 2007

Capitulo 4.5 - Ou as Cronicas do Dr. Orchouse e seus metodos bombasticos

A mulher foi levada para uma enfermaria que ficava no final do corredor e, por isso, com Anfira meia cega (de qualquer maneira, sempre foi meia cegueta, não é? Eh pá, gostar de um tipo como Zaen é o quê? Na minha terra, chama-se “ceguismo”, mas como aqui os pentagramas estão invertidos, escapa…), e com Zaen queimado (ah e tal queimaduras -> dor -> analgésicos -> campo de visão reduzido -> grande moca!), nem um nem outro conseguiram ver muito bem o que se estava a passar.
No entanto, a verdade é que, enquanto a mãe da Madalena via, revia, rerevia e rererevia as imagens com bolinha, algo ainda mais inesperado ocorreu. Enquanto o seu consciente esperava ver o House a surgir com a sua bengala, gritando que ela podia ir para casa e que bastava ver mais filmes com bolinha e o sistema nervoso ficava logo preparado para tudo, eis que surge, também de bengala, mas numa moto (vinda da segunda circular), uma enorme… orca.
- Peço desculpa, mas o Dr. House, mais conhecido como Doutor Casa (ou caseiro) está doente (doente… pois! Está mas é a curar a moca de ontem, aquele drogado arranja com cada desculpa…) e, portanto, ligaram-me para o vir substituir. Portanto (epá, estou sempre a dizer portanto), de que é que se queixa? Hum… não diz nada?
A orca de bengala saca de uma daga (seja lá isso o que for) e manda uma belga transposta à gaja (portanto, uma belga de chocolate), que não reage.
Por momentos, pensa em utilizar outros métodos (belgas não dá… e se tentasse Marias, Oreo?), mas, como tem mais do que fazer, declara:
- Levem mas é a gaja pá morgue, que está morta.
- Mas, Doutor Orchouse, ela ainda respira… - comenta uma enfermeira.
- Psst, cala-te! Eu é que sei. Se digo que está morta é porque está. Agora vá, despachem-se que tenho mais que fazer!
E passa imediatamente para os casos seguintes: Anfira e Zaen.
- Bem, parece que aqui a gaja é cegueta, não? Para andar com um tipo como tu… - comenta o Dr. Orchouse. – Portanto, isto com descanso vai lá. Vão mas é os dois para casa, separados, ahm? Nada de poucas vergonhas…, que isso depois de mortos e queimados não se vai notar nada.
E, dito isto e para melhor ainda mais o extremo espanto de Anfira e Zaen, os pentagramas invertidos voltam a fazer das suas e a constante de Planck pentagramicamente invertida (portanto, momento linear esquisito) permite uma vibração estranha no espaço-tempo próximos das três personagens que conviviam alegremente, e eis que surge (magia das magias, espanto dos espantos – OK, também se pode pôr uma musiquinha) uma (ou mais uma) caneta amarela. Anfira não vê – porque está (é) cegueta –, mas mesmo assim adere ao espanto (tipo, só naquela de parecer melhor a cena). E, quando nada o fazia prever, a caneta começa a falar:
- Epá, isto é assim, pá, vocês estão aqui, pá, porque eu é que vos escrevi, pá, e por isso, pá, a vossa vida não tem qualquer sentido, pá, e vocês não passam de tinta (o meu excremento, eheheh!). Por isso, pá, se pensavam que a resposta a todas as questões do universo era 42, pá, estão enganados! É 41 e é porque eu digo, pá! Agora vou indo, tenho de ir acabar com os sonhos e crenças bonitos das outras personagens, pá, e acabar com esta animação social!
Anfira chorou porque afinal Deus não era real, Zaen teve uma vontade enorme de sacrificar hamburgers e batatas fritas e o Dr. Orchouse ficou na boa porque já sabia.

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