segunda-feira, 14 de maio de 2007

Capitulo 5.4

-Argh! Maldito Universo 20! - exclamou Rani, a tia de Niel – Cada dia há mais um maluco com tecnologia de hiperespaço! E nós que limpemos os estragos!
-Calma, Rani, é só mais uma aspiradela... - acalmou-a Morfeu – Bem, e tirar daqui a Niel, antes que morra de vez. Já agora, podias ensiná-la a usar um mapa. Anda paranóica com o que lhe deste, mas deve andar a lê-lo ao contrário. Ontem, caiu num buraco num estaleiro de obras; hoje, pelo cheiro, deve ter sido nos esgotos...
-A sério?... Raio da miúda. Saiu tão idiota como os pais. Qualquer dia descobre que não quer ser gótica...
-Sim, realmente, lembra-te do que eu disse há algum tempo: ela só me adoptou porque estava a ver que ia levar tratamento de choque.
-E começo a pensar que tinhas razão. Esta rapariga começa a preocupar-me. E depois há estes tipos que saem do nada e partem a louça da família... Vamos lá tratar da limpeza!
Depois de arrastarem Niel escada acima, de forma a que batesse com a cabeça em todos os degraus, limparam finalmente a sala.

Quando acordou, Niel viu Rani a seu lado.
-Então, miúda? Andas a abusar das quedas, não?
-Acho que ando a ver mal o mapa, tia. Tento segui-lo, mas apanho sempre com buracos.
Rani viu Niel pegar no mapa de lado e percebeu que as escolas do Reino dos Sete Pentagramas (Três dos Quais Invertidos) já tinham visto melhores dias...
-Bem, vou então explicar-te como se usa um mapa. Primeiro, os pontos cardeais...
Ao aperceber-se do nível da explicação, Morfeu saiu rapidamente do quarto, batendo com a asa na testa em sinal de incredulidade. Enquanto escorregava pelo corrimão abaixo (para um morcego que não voa, é melhor opção que descer as escadas), bateram à porta.
Utilizando uma combinação de várias línguas estranhas, Morfeu abriu a porta com um comando verbal (à mão, ou asa, era difícil). Do lado de for a, estava uma mulher com ar bastante gótico e tipo de ser uma pessoa importante.
-Oh, és tu, Ceridwen. Entra, estamos quase na hora do chá, é só a Rani explicar à Niel o que são os pontos cardeais.
A mulher franziu o sobrolho, soltou um “Ai...” de exasperação e entrou.

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